Como pode ser gostar de alguém?

Gostar de alguém que mexe com você, que lhe deixa feliz, que lhe faz bem é fácil de saber. Mas, como pode ser gostar de alguém e esse tal alguém não ser seu? Tenho me feito essa pergunta corriqueiramente e, confesso, não consigo achar resposta.

Ou eu tô muito sensível, ou muito só, ou muito carente, ou um pouco de tudo isso junto, que pra gostar de alguém é bem “facinho”, me encanto, me abestalho, sonho, penso, idealizo, viajo, fantasio... Mas, pelo menos já tive um contato com essa pessoa, já ficamos, trocamos um telefone (apesar de não esperar que ele ligue), já existiu o primeiro contato.

Porém, quando esse gostar lhe pega de jeito, sem você ter se quer ficado com o outro, ou um olhar que remetesse algo, ou qualquer indicio de possibilidade, o que devemos fazer?

Gostar assim só tinha me acontecido uma vez e até estranhei porque achei que não fosse possível. Mas, num é que aconteceu de novo... E agora, o que eu faço pra lidar com essa situação?

Conversando com uma amiga, ela abre um chocolate e veja só a frase que tem: “amor platônico só existe na cabeça de uma pessoa, e o outro nem desconfia que é amado. Se você está nessa situação, só temos uma coisa a dizer: não queríamos estar na sua pele. Se você não consegue dizer o que sente, dê uma dica e espere...” Parecia piada ou uma ironia muito linda do destino, né?

Problema todinho é que não sei ir à luta, dizer o que sinto, revelar meu sentimento. Prefiro guardar pra mim, lutar contra isso e desistir... Sei que é um pensamento covarde e nem combina com meu jeito de ser, mas quando não sei lidar com a situação, prefiro fugir dela.

Essa semana tinha decidido isso (mais uma vez), no entanto me peguei de novo com meus pensamentos lá, no dito cujo..

“peço tanto a deus para esquecer, mas só de pedir me lembro...”

Gabi D.

Comentários

  1. "Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
    É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
    Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
    Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
    Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
    Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
    Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
    De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
    Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
    Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

    Eu quis lhe mostrar esse texto, pq acho que se encaixa muito bem no contexto atual, não só sentimental mas de muita coisa também. Eu não sou a pessoa mais indicada pra falar de não ter medo, deixar de ser covarde, mas vc, Gabriela Damásio, definitivamente não tem o perfil daquelas pessoas que desistem do que querem,e apesar de todos os tropeços que geralmente a vida lhe impõe, acho que vale parar pra pensar, só um pouquinho nos seus objetivos, parar pra pensar um pouquinho que vc pode conseguir o que quer para ser feliz...
    Bom por enquanto é só, desculpa se estiver muito clichê. Bjoo. Amo mto

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  2. que lindo, profundo, encantadora as palavras...
    principalmente quando vc diz "sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz"... é isso não combina mesmo com minha personalildade.

    tb amo muito, Rizy.
    brigada pela amizade de sempre.

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