Tô com fome de amor

Lendo o texto de Arnaldo Jabor (post anterior), pude me encontrar em cada linha, ponto e vírgula.

Foi como um djavu. Me vi falando sobre isso com Rizy, Joyce e Ana Cláudia nos nossos encontros no Trattoria, ou na praça ou no MSN.

Chegamos e saímos sozinhas de todos os lugares, apesar de estarmos felizes, bate aquela coisa de: todo mundo acompanhado e a gente, hein? Vou ficar pra titia... Ai, ai quando vou arrumar um namorado? (e por aí vai)

Muitas vezes me perguntei se o problema estava em mim. E, em algumas situações acredito até que estejam, mas sempre? Tudo bem que não faço o perfil linda de morrer, com cabelo lisinho, franjinha para o lado, roupa da moda (e de grife) e acessórios, digamos, efusivos.

Eu ocupo outra categoria! A da personalidade. Independente, competente, nem aí pra pôrra nenhuma, doida mesmo. Não sigo modas, tendências ou sociedade. Sigo minha vontade, meu bem-estar. Um estilo de vida só meu. Simples assim!

A quem diga que os homens têm medo de mulheres com esse perfil. Por quê?

Medo. Covardia. Machismo. Pra mim é apenas falta de atitude! Estamos no século XXI minha gente, não tem mais essa de abrir a porta do carro, de pagar a conta no restaurante e esperar que ele leve a camisinha. Nós podemos e devemos fazer isso, também!

Eu tô com fome de amor! E não é só de sexo que tô falando não...

Isso a gente resolve fácil! Dá por dá, pra satisfazer um desejo, uma vontade, não traz aquilo que tô buscando.

Quero um amor pra chamar de meu, pra ficar com cara de boba, pra parar no tempo e pensar, lembrar... Falar com o olhar... Ir à praia e escrever os nossos nomes na areia e um coração à sua volta. Senti-lo em todas os sambas... Assistir à uma comédia romântica bem agarradinho debaixo do lençol... Adormecer de conchinha e acordar com a cara amassada. Ele só de cueca e eu com pijama de bolinha. E, por que não o sexo? Mas, dessa vez, feito com muito amor.

Essa fome de amar é inesgotável, pois soma carência, solidão, a vontade de tá junto, de rir da piada sem graça, fazer brincadeiras ridículas e nos divertir com elas, entregar-se por completo sem pudores e medo de ser feliz, de fazer feliz!

Não é porque sou mulher moderna, ocupada, estressada que não posso amar. Eu não virei máquina. Ainda tenho um coração que bate, sente, sofre, dói, porém, cheio de amor pra dar.

De acordo com o texto de Jabor, querer ter alguém passa a ser julgado como feio, démodé, brega... Se querer ser feliz, amar e viver todas as emoções que um amor nos traz é isso tudo, então eu sou brega!

Escrevendo tudo isso parece um ato desesperador de alguém que vai ficar pra titia caso não descole um amor ontem, né?

A grande diferença entre eu e as “titias” solteironas e infelizes é muito simples: eu quero um amor, tenho coragem pra admitir isso e dar o meu melhor pra esse amor. Não fico esperando que a vida se encarregue disso e deixando-a passar.

Sabe por quê? A gente vai vivendo e “vai descobrindo que o tempo de ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...”

Por isso, seja feliz sempre! Faça valer à pena, antes que termine o dia.

Luz pra brilhar meu caminho

Gabi D.