Me bateu a saudade...

Às vezes escolhemos caminhos, definimos estratégias, traçamos metas e precisamos abdicar de algumas coisas, deixar de lado alguns lugares, abandonar algumas pessoas e, até esquecê-las... Por que não?

Pois é, foi por pensar assim que eu escolhi deixar pra trás, abdicar da vontade de ter por perto, de tá junto, mas quem disse que eu consegui esquecer? Parece que lembro mais, quero mais, sinto mais...

Dei o basta e agora tô com saudades. E aí?

“me bateu a saudade, cadê você, cadê você...”

A saudade é uma merda mesmo, né não? Nos deixa indefesa, tensa, vulnerável, com cara de idiota, boba, melancólica, dramática... Ufa! É tudo ridículo, eu sei!

Mas, sentir saudade é ter esperança, é acreditar, é a certeza de que foi bom e que fez bem, isso é suficiente pra nos deixar vivos.

A melhor definição de saudade que já li: “é o amor que fica”. Será mesmo? Eu prefiro acreditar que sim.

Essa tal saudade me fez lembrar dos versos de um amigo, perfeito para esse momento ou situação, nem sei bem como chamar, veja:

“Foi... ontem eu te liguei


Mas, fiquei em silêncio, com medo de que, não sei


Talvez foi impulso ou saudade, sei lá


Mas, senti tua falta sim


Afinal, eu nunca te esqueci


E, agora, sei que apenas me acostumei sem você


Eu já tive sim outro alguém, mas ninguém preencheu o vazio que tua ausência me deixou


Ninguém causou em mim a alegria que você causou


Mas, voltar atrás eu não acho bom


Deixa tudo como está


Perdoa eu te ligar”!


(J.C.)



Então, é isso. Eu quis deixar pra lá, pular a fase, te esquecer... Como eu fui ingênua. Perdoa o devaneio, foi a dor da saudade.


Gabi D.