Desde que ouvi essa frase pela primeira vez ela não para de ecoar nos meus ouvidos. Aconteceu exatamente na cidade que conheci meu amor (o que eu pensava que era), durante a palestra da autora dessa frase. Foi ali, no picadeiro do circo da luz, que eu pude compreender o que eu sentia de verdade. E, mais ainda, na mesma noite o vi e, pela primeira vez, eu senti paz. Nos falamos e parecíamos amigos de longa data, foi ali que me permiti viver coisas novas, diferentes e me fez bem.
Sempre preferi às paixões ao amor. Acreditava que a paixão nos deixa sempre vivos, contagiados, envolvidos, como se todo dia fosse único e último e, que os corações apaixonados se entregam sem medo, sem pudores, sem perspectiva, apenas se doam. Enquanto o amor, quando abandona a paixão, parece acomodar-se, parece não ter novidade, nem encantamento, o olho não brilha, o coração não pulsa, a perna não treme, existe uma competição, uma guerra acirrada de ter que provar algo, apenas convice-se e só.
Quando me apaixonei, parece que nasci de novo, e nascia todo dia se fosse preciso. O tempo foi passando e o sentimento só aumentava, me enchia os olhos quando o via. O coração acelerava só em pensar que iria vê-lo. A perna tremia quando escutava sua voz. E a mão suava quando ele chegava perto apenas pra dar oi.
Foi por ele que vi o quanto é bom sentir tudo isso, foi pra ele que guardei o amor que nunca soube dar, é pra ele que eu queria ser a tal felicidade. Porém, é muito sonho pra sonhar sozinha, então decidi seguir... Levando-o comigo num lugar muito, muito especial.
O sentimento tá vivo, mas diferententemente do que eu imaginava que era o amor, esse é totalmente diferente dos “reais” sintomas, não me acomodei, não perdi o encanto, nem a magia e nem a vontade de nascer todo dia. Por isso, quando digo que encontrei a definição perfeita, é que de fato encontrei. Não tem como isso tudo ser amor, vai além e é melhor.
Hoje consigo olhar pra trás e ver o quão bem me fez sentir isso tudo, o quanto é bom lidar com isso e, principalmente, como é bom saber que tô leve, livre e em paz.
“só em pensar em você já me faz tanto bem”!
Depois de tanto tempo, consegui ver alguém de forma diferente, consegui me encontrar em outro olhar, me permiti sentir outro beijo, consigo ver as possibilidades (se é que elas existem).
Hoje, sei que posso sim me apaixonar e amar novamente outro alguém, outros alguéns. Porém, sentir o que você me fez (faz) sentir só vivendo para saber. Esquecer o que você me fez (faz) sentir, não me permito, isso me mataria.
“a dor muitas vezes ensina”...
Gabi D.
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