Ou meu dedo é muito podre, ou não tenho sorte, ou sou burra mesmo. Por isso que não me permito conhecer, não quero me envolver, não aceito o novo.
Acabo me machucando ou machucando. Sofrendo, chorando e sempre perdendo.
Quando me permiti, me encantei, não medi consequências, fui além, me entreguei. E? Foi só mais uma lenda... Minhas lendas de amor!
“mais um filme que passou outro dia”...
E olha que nem tô falando de amor, tô falando de encanto, magia, do flerte, daquela fase imbecil, surreal, mas que te deixa nas nuvens e pouco importa se será pra sempre, importa é que tá valendo e tá te fazendo feliz.
“você perto de mim, um céu azul, uma paz daria...”
Eu simplesmente desisto. Desisto de achar que pode ser diferente, de esperar a troca, de acreditar que existe alguém que ame de verdade...
Sim, claro, “tudo que perdido foi, não se compara com o que há de vir”, parece bem lógico, né não? (recebi essa frase de um amigo). Parece bem lógico para quem? O que foi perdido já passou, perdeu-se. O que há de vir é uma incógnita e não tenho a menor disposição de desvendar, descobrir.
Eu quero é viver em paz. Essas lendas de amor me perturbam, me deixam pequena, me entristecem. Prefiro viver sem elas. Parece a lenda de Áquila, de dia águia e de noite um lobo, impossível se amar.
Você, é você mesmo, foi só mais uma lenda de amor. E eu que sonhei com nós dois. Com as nossas diferenças e semelhanças tão evidentes. Com as nossas inquietações. Com os nossos estilos, eu diria até que o mesmo estilo. Já nem sei mais...
“transformou-se numa eterna ferida”
Gabi D.
Trechos da música A Lenda - Asa de Águia.
http://www.youtube.com/watch?v=q8r3lKZLLKM
Foto: Gabi Damásio sobrevoando Salvador
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