Velho amor




Durante muito tempo procurar/esperei um amor...

Nunca idealizei o príncipe encantado, tampouco acreditei que o eu amor fosse difícil de se achar, impossível de se encontrar, que dirá de vivenciar.

Muito embora eu não seja exigente, eu não quero qualquer amor.  

Eu tô falando daquele velho amor, daquilo que a gente pode sentir, tocar, que é real e, acima de tudo, verdadeiro.

"um amor de verdade, minha outra metade"...

Aprendi que "amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. E mais, o amor não é uma imposição intrusa. É uma condição própria  do homem. O amor anima, isto é, dá alma à existência humana. Traz significado à vida"*.

Então, por quê eu devo me contentar com qualquer amor?

Por muitas vezes cheguei a pensar nas causas de não ter esse amor, questionei e bati boca com Deus, na tentativa de entender.

Daí, fui olhar ao meu redor...  Cenas deprimentes, amores lamentáveis.

Tem os que amam, mas traem, brincam os sentimentos dos outros. Tem aqueles que se dizem amigos e atrás torce pela sua infelicidade, porque a infelicidade desse é sinônimo da felicidade daquele.

Há também os que ficam no ciclo vicioso de ficar com todos e na real não tem nenhum. Caem nas ciladas do seu próprio coração, alimentam-se do seu eterno vazio.

É... Partindo desse cenário talvez eu seja careta. Talvez meu problema não é ser baixinha, gorda, beber cerveja e falar palavrão.

Será que o meu problema é ter princípios e respeitar valores? Não que eu seja alguma santa, tenho nem cara, avalie vocação para tal. Também, não estou dizendo que nunca errei.

"o que aconteceu com aquele velho amor"...

Só defendo que eu não preciso me expor dessa forma, aceitar migalhas, ir contra o que acho certo, procurando o tal amor, que eu sei que não é dessa forma que ele chegará.

O que bate no meu peito é coração!

Uma certeza é minha capacidade de amar.

Uma exigência é que isso seja recíproco.

Uma constatação é que ainda existe sim velho amor.

Façamos a nossa parte, procuremos as melhores escolhas, respeitemos o próximo, nos respeitemos acima de tudo. Não deixemos de sonhar, acreditar e ter fé.

Mais cedo ou mais tarde, não importa, o que vale é ter o seu velho amor.


Gabi D.

*Trecho retirado do livro Ágape  - Padre Marcelo Rossi

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