A gente passa a vida correndo de lá pra cá, daqui pra lá, sempre tendo
algo pra fazer, realizar, pensar.
Quantas vezes nos deparamos com aquela realidade
de que o corpo cansa?! Que nós precisamos desacelerar, dar tempo ao tempo, não
atropelar as coisas, situações e, principalmente, as pessoas.
Até que chega uma hora que você se vê obrigado a parar, dar um tempo, rever atitudes, ponderar as escolhas, definir as prioridades, ou você pira, pira mesmo, sei bem do que tô falando.
É nessa hora que o cansaço toma conta e vira aquele efeito dominó, onde tudo parece estar errado e/ou de fato esteja mesmo.
Lhe cansa planejar o dia seguinte de trabalho, onde você acredita que pra dar conta tem que se virar em dez; que todos estão esperando que sua parte ande para que a dos demais possa andar, sendo que a sua parte é a de todo mundo; cansa chegar em casa e saber que, depois de 12 horas na rua, para jantar você vai ter que preparar ou ainda ter que ir ao supermercado; cansa, principalmente, quando você se ver aperriada, sufocada, no limite e não ter com quem contar, seja pra conversar, pra te dar uma colo, uma esperança.
Então alguém te pergunta: mas, você sempre foi tão forte?!
Sim, graças a Deus. Mas, ninguém é forte sempre, né?!
Chega uma hora que o fardo pesa, além do cansaço físico, temos que lidar
com o mental e, acredite, esse é muito pior.
Se não bastasse isso tudo, as pessoas lhe cansam, o amor lhe cansa, tudo
cansa. É o tal efeito dominó.
Mas, peraí, e quando o amor cansa?
Talvez não fosse amor? Quem sabe você se enganou? Ou que faltou?
Mas, um sentimento tão lindo dá pra se enganar assim? Acho que não.
Você pode até se enganar com a outra pessoa, mas não com o que você
sente. Não dá pra sentir o amor brotar, crescer, mexer com você daquele jeito
que só o amor é capaz e no final das contas achar que se enganou.
Faltou talvez a reciprocidade, tão fundamental nos relacionamentos. Aquele
lance de dar e receber. Da troca.
Amar é isso, troca, cumplicidade, sintonia. Na real, a vida é isso, uma
via de mão de dupla.
Por fim, acredito que era amor sim, você não se enganou, tampouco a
outra pessoa te enganou. Não faltou nada, foi tudo na medida para aquele
momento, o grande problema, se é que podemos chamar assim, foi o tempo.
Pessoas diferentes, com propósitos diferentes, em tempos diferentes.
Essa é a visão otimista da coisa, eu sempre prefiro o lado positivo.
Isso é desacelerar, isso é levar a vida leve.
"Pois é, não deu
Deixa assim como está, sereno
Pois é, de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
Avisa que é de se entregar o viver"
Dica de Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=z-1_ZSX3Wfk
Gabi
D.
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