Um dia eu escolhi não mais amar. Tava cansada, desacreditada, parecia que não havia tampa para minha panela. Era como se existisse uma incompatibilidade entre eu e esse sentimento capcioso.
Não via graça na paquera, entediava-me com as (poucas) opções, dava o número de telefone errado e, se me achasse nas redes sociais, era facilmente bloqueado. Sou desprovida de paciência. 😁
Diogo do Céu é testemunha, por vezes, eu pedia a ele um amor pra chamar de meu. Ultimamente tenho pedido só pra levar pra longe as tentações mundanas, que querem só se divertir.
Não sou parque de diversões!
Escolhi estar em paz, serena, mansa, sozinha, que seja. Mas, não importa o rótulo, o que vale é o equilíbrio que me move.
Construí com Diogo do Céu uma sintonia, baseada na força dEle, na minha fé e na nossa paz.
Isso tudo me bastava, eu tava feliz. Todo o universo conspirava a meu favor. Era nítido, florescia, brilhava em vida.
Então, fui surpreendida pelo acaso.
Parece que Deus disse assim: vou aprontar com você, gordinha.
A surpresa me chegou por onde eu jamais imaginava, me encantou sem ao menos eu olhar nos seus olhos, me entreguei sem se quer nos conhecermos. Foi um encontro de almas. Acredito.
Era o tipo que eu jamais olharia - advogado, político e maguinho, o bichinho; escrevia perfeitamente bem e o melhor, era evoluído espiritualmente.
Eu morria de medo do nosso primeiro encontro. Medo do coração não palpitar, das pernas não balançarem e, principalmente, medo da gente não falar no olhar. Ainda por cima, precisaria beliscar bem, pra saber se era de verdade.
Eis o primeiro encontro, eu tinha imaginado um jantar, algo bem romântico, só nós dois nos descobrindo e, quem sabe nos encantando mais...
Tudo diferente, Diogo do Céu, "bagunçando" de novo. Mas, não menos especial. Acho que nunca esquecerei aquele abraço. Ahhhh infeliz do abraço gostoso.
Sim. Nossos corações unidos em um, cheio de emoções. Sim. As pernas ficaram bambas. Sim. A gente se falou no olhar. Sim. Eu senti. "Nos cheiramos, nos beijamos, nos acariciamos e pegamos como se quiséssemos nos provar que existimos de verdade. Os corpos pediram e nós permitimos."
Será que é amor?! Parece muito mais...
Parecia sonho, né?! E era! Acordei. Não cicatrizei. Mas pelo menos criei casca.
Como disse bem o #JorgeVercilo: eu me entreguei demais, eu imaginei demais...foi um devaneio meu...
O que posso fazer, nasci assim, igual a minha xará do romance do #ChicoAzevedo, "sou de carne e osso, mas com asas. Vejo a vida de maneira apaixonada. Minha cabeça não para de funcionar nem por um segundo, porque quero acompanhar o coração, que voa solto, livre, sem dono."
Se os sonhos vivem a me roubar o chão, a me tirar do rumo, daqui pra frente, quero realidade, preciso de realidade!
Gabi D.
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