Ansiedade!



Ontem eu não virei um meme mas, fui motivo de piada pra muita gente. Privadas e abertas. Foi por isso que escolhi esse espaço pra "desabafar".

Ontem, quando perguntada sobre o que eu tinha, respondi "caganeira". Bem objetiva que é como eu sou.

Vai me dizer que ninguém aqui caga? Ou faz número 2? Tá bom, você prefere chamar de evacuar, beleza, no final das contas é tudo a mesma coisa.

A verdade é que eu tava e ainda estou me desmanchando em merda. Mas, o que eu não falei é que todo esse quadro foi desencadeado por uma crise de ansiedade que eu venho tratando desde outubro do ano passado, quando fui diagnosticada. Pra terminar de fuder tudo, ainda me aparece uma infecção urinária.

Por que decidi falar sobre isso?

Ansiedade, meu caro, é o mal do do século. Vivemos nesse mundo imediatista, relações cada vez mais superficiais, metas, pressão, competição, cobranças, stress, jogo de interesses, uma infinidade de fatores pode desencadear. Todo mundo no mundo tem picos de ansiedade. E isso não é o fim do mundo. Tem tratamento. Basta que você busque e, sobretudo, queira. Sim, basicamente só depende de você.

Quem me acompanha nas redes sociais deve ter reparado que vez ou outra falo sobre e até compartilho curiosidades à respeito da ansiedade.

Não tenho vergonha de vir aqui escrever sobre isso. Acredito que de alguma forma alguém se identifique e/ou precise desse empurrãozinho pra acordar, buscar ajuda, se tratar.

Mas não pense que eu fui diagnosticada e com um passe de mágica tudo mudou. No começo eu sofri muito e em silêncio, fui ficando cada vez mais introspectiva, sem animo pra sair, tampouco socializar com "gentes". Quando o fazia enchia a cara de cachaça pra poder ficar de boa nos lugares e/ou não sentir os sintomas.

Minhas felicidades eram comer e gastar. E gastei. O que eu tinha e o que eu não tinha.

O tamanho da minha luta era conhecida apenas por muito, muito poucos. Foi no finalzinho daquele ano que eu descobri quem sim, quem não e quem nunca.

Um ano depois eu olho pra trás e vejo quanto evoluí com as minhas escolhas. Acupuntura, terapia, alquimia interior, meditação, leituras, escritos e música. De preferência, sambas.

Entretanto, Ainda não sei lidar com sensações de perda; tenho fobia de lugares muito cheios; não posso ouvir a palavra assalto, por mais que nunca tenha sido assaltada; não tenho coragem de andar daqui pra esquina, ou seja, tenho que chegar e descer na porta de casa; não consigo ver coisas nas redes sociais, por exemplo, de pessoas que um dia pareciam ser tão presentes e depois que não tinham mais interesse, me descartaram, enfim, esses são só alguns dos motivos dessa batalha que consome meu tempo, minhas oportunidades, meus relacionamentos e milhares de noites maldormidas.

Resumindo, estou sobrevivendo. Tomo meus remédios, me permito sair quando me sinto forte e me recolho quando me sinto fraca. Tenho altos e baixos, medos, angústias...Entretanto, é muito bom saber que tô #EmParComDiogoDoCéu. Quem ficou tem válido à pena. Os que me deram a mão, não tenho palavras pra agradecer.

Quero poder continuar assim, sendo luz mesmo estando na escuridão, viver meus dias #NaLevezaDaGabis e #SemeandoGratidão.

Gabi D.

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