Na última segunda-feira,
dia 02, fomos surpreendidos pela notícia de âmbito internacional sobre o ataque
em Las Vegas, quando um homem de 64 anos disparou tiros de fuzil contra uma
multidão que assistia à um festival de música country ao ar livre.
Quando fui ler sobre essa
tragédia, eram 58 as vítimas fatais e mais de 500 feridos.
Na quarta-feira, dia 4,
após uma explosão o fogo alastrou-se rapidamente na comunidade do
Leningrado, zona Oeste de Natal. De acordo com o Corpo de Bombeiros cerca de 100
casas foram atingidas, entretanto, não há registro de vítimas.
Na quinta-feira, 5, na
cidade de Janaúba, norte de Minas Gerais, o segurança de uma creche, homem de
50 anos, jogou álcool nas crianças e nele mesmo e, em seguida, ateou fogo.
Morreram na tragédia 8 crianças de apenas 4 anos, uma professora e o autor do
crime que, chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A professora, Halley
Batista, enquanto lutava com o segurança e tentava salvar o maior número de
crianças possíveis, teve 90% do seu corpo queimado, logo, não resistiu e hoje é
lembrada pelo seu heroísmo.
Sabe como fiquei sabendo
de todas elas?
Vi Lise Menezes postando “Pray
For Las Vegas”, nem li sobre, só imaginei que ela estava compadecida pelo fato
de ter vivido por lá; vi Charles Paiva postando “Que Deus ampare todos de
Janaúba”, na hora pensei: rodei àquela zona rural de Mossoró todinha, nunca
ouvi falar em Janaúba; Por fim, vi muitas pessoas postando sobre doações em prol
das famílias do Leningrado que, eu sabia que era por aqui, mas não tinha ideia
de onde ficava o Leningrado.
É a Internet e o seu poder de viralizar notícias na velocidade da luz.
Coisas boas e, sobretudo, as
ruins, chegam para gente a todo momento seja por Whats App, Facebook ou Instagram. E o que nós fazemos com elas? Vocês eu não sei, eu fui pesquisar
sobre, me situar, pois sou alienada e não vejo TV. :/
Uma tragédia de âmbito
internacional, outra nacional e uma local, o que elas têm em comum?!
Um choro de tristeza.
Famílias que perderam seus jovens, pais que perderam suas crianças, educação
que perdeu uma incrível professora, uma comunidade que perdeu absolutamente
tudo.
Cidades, pessoas e
comunidades que precisarão recomeçar com o vazio o qual foram submetidos. E,
acreditem, recomeçar é difícil. Sobretudo quando o vazio lhe sufoca e toma
conta do seu ser. A dor da perda, por mais simples que seja/pareça a perda, é devastadora.
Procure colocar-se no lugar do outro mas, cuidado, talvez doa.
Você olha para os escombros
e vê que todo seu esforço, seu trabalho, privações, tudo virou pó.
Você constrói sua casinha
num pedaço de terra, faz ligações de gás, água e luz como dá/pode, ou seja, sem
o cuidado necessário e daí seu gás explode causando toda àquela situação.
Você tenta se proteger dos
tiros e vê pessoas caindo ao seu lado como num efeito dominó. Você não sabe se
ajuda ou se esconde.
Você tá perturbado
emocionalmente, sabe-se lá o que tá passando pela sua cabeça. Traição, dívida,
processo, culpa, drogas, são tantos os motivos que podem levá-lo à cometer uma
atrocidade dessas.
Você precisa trabalhar,
manter o sustento da família e imagina que seu filho está seguro na creche,
então recebe a notícia que ele virou cinzas.
Você está dando aula, introduzindo
naquelas crianças o processo de educação, civilidade, humanização e se vê tomada
pelo fogo, tendo que lutar com um segurança que pira e resolve tacar fogo em
tudo.
Você lida com medo,
angustia, pânico, depressão e ateia fogo em crianças indefesas.
Foram três tragédias
ocasionadas pela falha humana. Os exemplos acima foram pontuados de diversos
ponto de vista. Seja qual for o lado tiveram vítimas, houveram perdas, serão
penalizados.
Não nos cabe julgar. Esse
é o papel de #DiogoDoCéu.
O nosso papel é ter
empatia, é doar-se e colaborar – materialmente e emocionalmente, é fazer uma
prece e confiar. Se a gente fizer isso de todo o coração, compartilharmos amor
e compaixão, a dor dessas pessoas não irá cessar mas, com certeza àquele vazio
começará a ser preenchido de amor e gratidão.
Para encerrar esse texto,
gostaria de compartilhar uma música, do amigo André da Mata, que alivia um
pouco essa dor da perda.
Gabi D.
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