Para o amor que vai chegar...


Sempre que terminamos uma relação, seja namoro, casamento, rolo, não importa o rótulo que você dê para a sua, temos por mecanismo de defesa nos fechar, se retrair e, quando esse término vem acompanhando de mentiras, brigas e traições, a gente costuma bradar: “Eu não quero mais me envolver com ninguém”; “o amor não foi feito para mim”; “melhor ficar sozinha”.

Entretanto, vale salientar que nem sempre o fim é pelos motivos citados acima. Você apenas cansa. Repara que, num momento da sua vida, àquilo lhe completava, em outro, já não completa mais. A gente cresce, o número muda. Mudam-se as prioridades. E tá tudo bem.

“Desistir do que não vale a pena não faz vergonha. Ao contrário, é a atitude certa de quem reconhece a importância de não dar valor às coisas erradas.”

Repare que esse discurso é bem semelhante àquele que fazemos após uma grande farra regada à muita cachaça, que diz: “nunca mais eu bebo”, até o próximo porre.

Assim é a vida, quando caímos, achamos que não vamos levantar. Sofremos como se àquilo fosse o fim dos tempos. Acreditamos que o amor funciona com todo mundo, menos com nós mesmos. Imaginamos que toda tampa tem sua panela, daí achamos que viemos ao mundo como frigideira.

Quantos de vocês já estiveram nessa posição? Quem nunca esteve que atire a primeira pedra.

Aí vem o tal do tempo, com sua infinita sabedoria, para nos mostrar que, não é exclusividade minha ou sua. E é muito bom saber que não estamos sozinhos. Quantos relacionamentos começam e terminam todos os dias?

É normal sentirmos esse medo de tentar de novo. Pensamos que o próximo será como o último, que viveremos os mesmos erros. Podemos sim passar pelo “luto”, curtir a bed pós rompimento mas, não podemos deixar que o medo tome conta, nos paralise. Não podemos nos sabotar.

Sabe, meus caros, por experiência própria, quantas vezes me senti exatamente assim, acreditando na incompatibilidade entre eu e o danado do amor. Me fechei tanto que desaprendi qual o sabor do amor, como é amar, ser amada.

A solitude tem sido uma companheira tão fiel que, o amor que vai chegar precisa ser muitooooo paciente.

Na última semana me peguei pensando nisso, poxa, já são praticamente 9 anos sozinha, tenho revisto tantas coisas em minha vida, por quê não dar uma chance para o amor?

Aí me peguei lembrando daquela sensação boa que é a paquera, as primeiras conversas, o apaixonar-se... Daí, vocês começam a descobrir um ao outro e, quem sabe não é o amor batendo na nossa porta.

Então, fui buscar a caixinha que guardei o meu amor. Ela tava tão bem amarradinha, que parecia até estar sufocando meu coração. Aí eu desatei um nó, me abrindo para vida. E, quem sabe, com isso, o que outrora era nó vira laço?

“Seja sincero à respeito de suas emoções e use sua mente e suas emoções a seu favor e não contra você.”

Não tenha vergonha de chorar, de sofrer, de cair... Tenha vergonha de não levantar, não lutar, não tentar. Todos os dias é dia de recomeçar, sempre é tempo.

Para finalizar, deixo para vocês dois presentes, o primeiro é o poema do Diogo Miloni e, na sequência, uma sugestão de música para te acompanhar em quanto pensa sobre o que acabou de ler.

“Não existe pessoa certa
No momento errado.
Você que não está alerta
Ao que passa do seu lado.
Mantenha a mente aberta:
O trauma fica no passado.
Viva a nova descoberta
De um coração apaixonado.”



Gabi D.

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