Despretenciosamente....




Sentei na frente do notebook e abri uma das minhas infinitas planilhas. Tenho trabalhado tanto com o Excel que esqueci quanto tempo já faz que não abro o Word.

Aí lembrei que uma das minhas maiores paixões é escrever. Talvez seja A MAIOR!

Então, me dei conta que abandonei meu blog. O último escrito, que nem foi propriamente um escrito, apenas uma resenha sobre um documentário, foi postado em maio desse ano.

Há 6 meses eu não escrevo nada. SEIS MESES.

Teria eu secado? Murchado? Broxado?

Gosto de abrir meu coração, escrevo sobre sentimentos, isso me leva a crer que em seis meses eu não tenho sentido nada?

Nem de bom e nem de ruim? Como pode alguém secar assim?

Por que deixei essa paixão “morrer”?

Sensação de que deixei de ser eu por não mais escrever... Não falar de amor, amizade, ansiedade, medo, decepção, felicidade, gratidão...

Como posso ter deixado esse tempo todo passar sem alimentar minha grande paixão?

É bem verdade que lamentar não trará nenhum desses sentimentos de volta. Tampouco florescerá em mim a mãozinha nervosa e nem o coração transbordará, como em um passe de mágica, conteúdo evolutivo, interessante, reconfortante.

Sei que não. Nem quero. Ou melhor, não posso.

Não tenho controle sobre ele, nem sobre o que ele quer falar. Meu coração só quer amar.

Ele fechou-se porquê se decepcionou, desiludiu, entristeceu e chorou.

Mas, hoje, ao abrir o computador, ele olhou para Word e, despretensiosamente, acordou.

Me fez lembrar um livro da Zíbia que tinha como título “Se abrindo pra vida...”

Quem sabe chegou a hora dele pulsar e transbordar novamente?

Vamos juntos? Quem sabe mais corações falando a linguagem do amor, consigamos espalhar e semear só o que for bom?

Quem sabe juntos possamos reaprender a amar, olhar a vida com o coração e encher o mundo de compaixão?

Pode vir comigo!!!

Gabi Damásio

Comentários

  1. "Ele fechou-se porquê se decepcionou, desiludiu, entristeceu e chorou."

    Poxa.. me vi aí. Sequei depois de uma tempestade, furacão de emoção que passou e devastou.

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