Vamos conversar?



Mais uma vez me pego pensando sobre o que escrever. Só há uma certeza: eu precisava escrever. Estava nas minhas metas para essa semana. E, se tem uma coisa que levo à sério é esse lance de cumprir com minha metas. Nem sempre eu consigo, não todas. Mas, importante é que eu tento, me cobro, me puno ou me presenteio. 

Terminamos o primeiro parágrafo, estamos iniciando o segundo e eu preciso decidir sobre o que meu coração quer falar. 

Nesse momento, iPad e coração abertos, o telhado é um céu estrelado, o vento joga o cabelo  na cara, o mar ao fundo, embora não possa vê-lo e bem ao lado toca samba. Cenário perfeito para gente conversar, não é mesmo?

Então pensei: Que tal então conversar comigo mesma? Sou minha melhor cia, sou minha melhor amiga, sou minha fonte de energia e inspiração. Sou força, luz, amor, verdade e, como se não bastasse, eu sou medo, insegurança, meu maior algoz, tenho as pernas "podji”, choro por tudo, sofro mais ainda e, claroooo, tenho meus surtos de pânico e ansiedade.

Eu sou tudo que eu puder / quiser / conseguir ser. Sou fruto das minhas escolhas e daquilo que me proponho ser e, também, o que permito que façam comigo. 

Você que chegou até aqui deve tá pensando: Ela é muito narcisistas, egocêntrica, se acha... Não sou! Acredite!

Nessa busca incessante a gente evolui ou pelo menos deveria. A Gabriela que fui ontem, não é a mesma que sou agora. A gente vai crescendo, o número vai mudando e, consequentemente, as prioridades também. Você segue escolhendo aquilo te faz bem, te torna uma pessoa melhor, você passa a ter um propósito e prefere estar junto daqueles que te aproximam disso.

Ahhhhh, Gabi, com isso você tá dizendo que não vacila? Não faz mais escolhas erradas e nem anda com quem não te acrescenta?

Não. Eu erro pra caralho. Sou humana, tenho muitas falhas. E, eu só aprendo e cresço com elas, exatamente por saber reconhecê-las. 

Foi identificando minhas fraquezas, medos e ansiedade que pude me ouvir, me respeitar, me escolher, me priorizar. Repito: isso tá longe de ser egoísmo. Tem muito mais a ver com amor próprio. Aquela tal questão de foro íntimo que vez por outra eu gosto de reforçar. 

Antes de terminarmos, é importante ressaltar que tem muitas coisas que eu já identifique e ainda não consegui melhorar. Contundo, estou tentando. O segredo é não desistir. Muitas vezes a gente vai cair e perceber que é possível levantar. Permita-se. 

Já estamos acabando, foi um prazer enorme te contar um pouquinho sobre mim. Aprendi um pouco mais sobre a pessoa que estou me tornando. Agora gostaria de te ouvir, te conhecer, vamos conversar?

Gabi D. 

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