Há um tempinho, numa mesa de bar,
Samara Taiana – uma amiga que encontro pouco, mas somos bem atuantes nas redes
sociais – me mandou a seguinte pergunta:
- Gabi, eu posso dizer com
verdade absoluta que é você é católica?
Sem titubear, afirmei que NÃO.
Contudo, me vi na obrigação de explicar. Afinal, um simples NÃO era muito vago.
Ela merecia mais. O assunto pedia mais. Eu queria falar mais.
Então, EU SOU DO AMOR. Cresci na
doutrina católica. Lá em casa ninguém era muito religioso, logo, eu seguia o
fluxo. Acreditava em Deus e que todo mundo que era bom ia pro céu, inclusive
que mainha estava lá. Estudei em colégio de freira, tinha aula de educação
religiosa, fiz a primeira comunhão, me crismei, tudo como manda o igurino. Rezava
ao deitar, embora parecesse algo automático. (Tem que rezar antes de dormir). Ia
à missa às vezes, mas nunca por opção, ou porque estava na casa de um tio, ou
porque a turma ia se encontrar depois da missa pra resenhar. Era um verdadeiro
evento. Escolhia o look, usava o melhor perfume. Foi na missa que comecei uma
paquera que culminou no meu primeiro namoro.
Vale salientar que, mesmo indo
porque era levada ou pelo after, eu nunca me senti mal por ir à Igreja. Eu até
gostava do ritual. Sentia que estava “protegida” por aquela semana.
Cresci, amadureci e durante todo esse
processo eu precisei me apegar na fé. Fui lendo, abrindo os horizontes e
conheci outras pessoas, doutrinas, religiões. Experienciei o espiritismo, fui à
reuniões, centros, tomei passe e adoro a literatura. Ainda vou, quando é
possível e se for uma reunião sem ninguém baixar espírito, ainda me assusto.
Conheci Jane, que é minha mãe na
fé, ela é evangélica, da Assembleia de Deus, mas não prega sua religião, prega
a Palavra, tem Jesus como guia, foi a partir dela, em 2011, que comecei a
desenhar a melhor sintonia que eu desenvolvi até hoje: Eu e Diogo do Céu.
Certa vez me deparei com essa
imagem acima e era exatamente como eu me sentia, desde então, quando perguntada
sobre minha religião, respondo: EU SOU DO AMOR.
Quanto mais nossa sintonia – eu e
Diogo do Céu – evolua, fui lendo mais, buscando o autoconhecimento e a
espiritualidade. E, aqui, vale esclarecer que espiritualidade é diferente de espiritismo.
Conheci o budismo, passei a meditar, as orações se tornaram verdadeiros
rituais, a fé sempre fortalecida e uma imensa vontade de espalhar tudo que
sinto, aprendo, vivo e, principalmente, de agradecer.
Não lembro a última vez que fui numa
missa, acho que foi com o Reado, ano passado. Tampouco num centro espírita,
acho que foi com Renato e Vivi, quando ainda estava na Arena. Estive num ciclo
de oração com Jane, na primeira semana de fevereiro antes de viajar. E sabe o
que tudo isso significa? Que eu sou meu próprio templo. Sou a Igreja. Sou a
presença do Eu sou. Amar é a minha religião.
Você pode ser também, se for isso
que você quer. Escolha a força em que você acredita, se apegue à ela. São
tempos difíceis, isso vai nos dar mais forças. Seja Deus, Jeová, Buda, o Universo,
a Deusa do mar, Xangô, Alá... Pode até ser nenhum. O que importa é que você esteja
em paz com sua escolha, que ela esteja alinhada com o seu propósito de vida e,
acima de tudo, você possa respeitar aqueles que pensam diferente de você.
Na dúvida do que você quer seguir.
Escolha o bem, o amor e, assim estarás em paz. Isso nunca é demais.
Para finalizar, uma linda música que casa exatamente com esse fechamento.
Gabi D.
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