Sim, chorei hoje. Como também
chorei ontem. Na realidade, tenho chorados todos os dias, pelo menos, nas duas
últimas semanas.
Tenho estado cada vez mais
sensível e, a minha ansiedade crônica me leva, involuntariamente, à
potencializar mais as coisas. Sejam elas boas ou ruins. Mas, sempre mais, com as
ruins. Ô sentimentozinho que tende a nos puxar pra baixo, já repararam?
Como se não bastasse o turbilhão
de coisas que a gente sente – medo, angústia, irritabilidade, desânimo, pensamentos
negativos e destrutivos – ainda tem a culpa. Pelo menos eu me chicoteio
horrores por saber que tudo é psicológico, é obra da minha mente e eu não
consigo controlar. Pelo menos não sempre. Acho que isso dói ainda mais.
"Então, eu choro...."
É como se todas as sessões de
terapia, leituras, cursos, vídeos, nada, ABSOLUTAMENTE NADA, fosse útil. A gente
corta um dobrado, mata um leão por dia, se reinventa e tenta de tudo, de todas
as formas fazer o certo, pra se superar, se destacar, fazer bem feito e parece,
de novo, NADA É SUFICIENTE.
Como não ficar triste, magoada e
chorar quando você se dedica ao máximo e parece em vão?
“A tristeza é senhora...”
O mundo, em quarentena, está
divido em dois grupos: as pessoas que estão acomodadas, preferindo ficar ali na
zona de conforto e achando que a vida é receita de bolo, só fazer mais do mesmo
e tá tudo certo, uma hora a vacina vai chegar e retomamos a vida. Enquanto outro
grupo está querendo se movimentar, não importa como. Demandam tanta coisa, sem
planejamento e/ou comunicação que nem se ouvem, tampouco, tem noção do quanto
de energia pode estar sendo desperdiçada, repito, em
Não acho que o primeiro grupo
esteja certo, tampouco que o segundo grupo esteja errado. Não existe um modelo
certo, um formato pronto a ser seguido. Mas, acredito que, como tudo na vida,
devemos considerar o equilíbrio. Podemos extrair das pessoas aquilo que elas
tem de melhor, ouvi-las, deixa-las criar, pensar, sugerir. Não temos a verdade
absoluta e, mesmo que tivéssemos, tá tudo tão inconstante, que aquilo que é
verdade hoje, pode já nem ser mais amanhã.
Subestimamos, ignoramos, não
reconhecemos e, por vezes, esses nossos comportamentos travam pessoas e ideias
com potenciais incríveis. O contrário acontece na mesma proporção, ou seja,
somos subestimados, ignorados, sem valorização.
São negócios em jogo. Futuro
incerto. Questões sem resposta. Contudo, nada será possível sem as pessoas. Estamos
criando um mundo cada vez mais doente e menos empático. As relações estão menos
humanas.
Aí é que eu choro mesmo!
- Choro quando recebo um vídeo de algum sobrinho mandando um beijo ou um boa noite.
- Choro quando Ginha, pergunta se tô bem / precisando de algo?
- Choro quando Nega me liga, todo dia, chamando pra eu ir caminhar.
- Choro quando um amigo vem bater aqui em casa, só pq eu dormi um pouco mais e não atendi o celular, e eu me sinto importante pra alguém.
- Choro quando uma amiga me pede pra eu ser modelo dela nos testes de make e, faz eu me sentir a pessoas mais linda do mundo.
Choro, muito, por tudo. “Ainda mais se for um choro de alegria...”
- Choro quando quero fazer meu melhor e sou drasticamente cortada.
- Choro, quando tô fazendo o máximo e não sou reconhecida.
- Choro quando me sinto injustiçada.
- Choro quando vejo alguém cagando pra mim.
E continuarei a chorar, pois as
pessoas não dão sinais de que vão mudar. Eu não posso matar, só posso sentir.
Muito.
Agora gostaria de saber um pouco
mais de você:
Chora muito?
Não bota pra fora, guarda só pra
si?
Qual foi a última vez que você
perguntou a um amigo se ele tá bem?
Quando foi que você surpreendeu alguém
que ama?
Hoje, por exemplo, você fez um
elogio ao próximo?
Já agradeceu?
Vamos conversar? Podemos nos ajudar!
Gabi D.
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