Tem sido dias bem angustiantes
por aqui. Recebi alta e só #DiogodoCéu sabe o quanto sou grata pela nova vida
que me deu.
Foram 15 dias que eu lutei comigo
mesma pra não surtar. Era uma batalha pra manter a mente são porque tudo que eu
não precisava era uma crise de ansiedade e/ou pânico. Foi ali que vi o quanto
eu era forte.
Na UTI ainda foi mais difícil.
Não tinha celular, nem diário, nem livro. Só tinha uma TV. 24 horas falando de
COVID e dos números alarmantes e eu sem saber se entraria para aquela
estatística.
Aí recebi a graça. Escapei pra
contar a história. Mas, me deparei com gente muita próxima lutando suas
batalhas e, ontem desabei.
Chorei uma tarde quase toda. Uma
angústia tomou conta de mim e só então eu percebi que estava reprimindo e
guardando desde os dias de internação. Botei na minha cabeça que tinha que ser
forte, matar um leão por dia, me vencer e qualquer coisa diferente disso era
fraquejar
Eu temo que essas pessoas não
tenham a mesma “sorte” que tive e, fica me parecendo não ser justo. Embora eu
saiba que não devo pensar assim. Não é por aí e eu choro me culpando duas
vezes. Uma pela impotência e uma por pensar erroneamente.
Dói ver meus amigos sofrendo
pelos seus pais. Entristece ver as perdas diárias. Machuca não ter perspectiva
de uma luz no fim do túnel. A sensação é de que o poço vai ficando cada vez
mais fundo.
Eu acredito muito que a oração é
mágica e que #DiogodoCéu é Deus de milagres, mas te peço Pai, aumentai a minha
fé.
Para finalizar, um bom samba pra
amenizar:
“tá doendo demais, mexendo com minha paz...”
Gabi D.
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