Quando
me deparei com essa tirinha tive uma certeza: a Enriqueta está há anos luz da
espécie humana que habita nosso planeta;
No
mundo atual, tecnológico, corrido, superficial, as pessoas parecem estar no
automático. Elas não leem o que tá escrito, não escutam por completo o que lhe
foi dito, respondem com uma figurinha, levantam correndo, saem com pressa,
voltam exaustas.
É
possível dizer que as pessoas vivem? Penso que elas apenas sobrevivem.
E
não pense que por eu estar escrevendo isso sou diferente, já me peguei diversas
vezes fazendo exatamente as mesmas coisas que acabo de relatar. No entanto, vivo
me policiando para ser e fazer diferente.
E,
como tudo na vida, é prática. Se você cria o hábito, passa a fazer parte do seu
dia, só não pode torná-lo automático. É preciso estar presente em tudo que se
propõe a fazer ou perde-se o sentido.
O
autoconhecimento ajuda e muito nesse exercício de parar, respirar, sentir,
estar presente. A disciplina leva a perfeição. E quando você se dá conta já
está dando bom dia pro sol, agradecendo ao vento por poder senti-lo; reparando
que seu filho tá indo pra escola com o uniforme furado, uma remela no olho e
sem escovar os dentes; Você come saboreando a comida e dando graças por ter o
que comer. À noite, olha pro céu, repara nas estrelas, se encontra com alguma
delas, dá uma piscadinha pra Deus e agradece, porque quanto mais a gente
agradece mais coisas boas acontecem.
A
propósito, você já agradeceu hoje?
Gabi
D.
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Texto produzido para o 3º desafio/FEV do Clube da Escrita,
ministrado pela @anaholandaoficial.
O
terceiro encontro de Fevereiro nos desafiou a escrever a partir de uma tirinha,
àquela que ilustrando o texto.
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