O ano era 2009. Crie um blog que resiste até hoje. Eu me via sozinha, em outra cidade, escrever era minha companhia. Mergulhei.
Eu escrevia sobre sentimentos. Os sentidos e, sobretudo, os
que ansiava sentir. Me vi ultimamente escrevendo pouquíssimo sobre o amor.
Aiiii que saudade do amor...
Vieram os corres da vida. A pandemia. O desgoverno. A quase
morte. A ansiedade. Veio tudo e, embora, tudo tenha sentimento, não senti o
amor genuíno. Aquele que faz o coração acelerar, mas não é ansiedade. Que dá
medo, mas não é Covid. Que irrita, mas não é o presidente.
Amor de declarar-se, de enamorar. Beijar na boca e quem sabe
até suspirar... Aquele que já dá pra perceber até na fila do pão, sabe?
Não sabe?
Eu também não. Andei me fechando para o amor. E tô com uma
saudade de voltar a amar, a ponto de transbordar. O coração não vai quer saber
de outra coisa pra falar. Vai ser amor da hora que acordar até a de deitar.
“E até quem me ver lendo jornal, na fila do pão, sabe que eu
te encontrei...”
Gabi D.
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Desafio 003Maio do Clube da Escrita,
ministrado pela @anaholandaoficial.
O terceiro desafio de Maio nos propõe
escrever um texto sem fazer uso de qualquer adjetivo.
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