Quando li sobre o desafio dessa semana, no qual deveríamos
escolher entre uma foto da Marisa Monte e outra do Ney Matogrosso para seu álbum
“Bloco na rua”, eu confesso que nem precisei ver as fotos para saber qual delas
me inspirara. (as duas no final do texto)
Colocar o “bloco na rua” é umas das expressões que mais uso. Para
qualquer situação. E, principalmente, a que mais tenho ansiado falar. Gritar. Berrar.
E eu nem estou falando do carnaval de fato. Tô falando de qualquer
coisa. Tudo mexxxxmo. Meu primeiro livro. Meus projetos. O dos meus clientes.
Eventos. Viagens. Um bom samba. E, o carnaval, por quê não?
Imagino uma avenida toda iluminada – dos mais belos efeitos
de luz cênica, com um céu estrelado, na comissão de frente vem meu livro. Emocionante.
Tocante.
Os carros alegóricos são divididos em três: vida pessoal - espiritual
– profissional. Diogo Nogueira vem como destaque no carro espiritual, embora se
encaixaria perfeitamente na ala da bateria.
Nessa, por sua vez, o coração não bate, ele samba. Comandada
pelo mestre Reado, lá estão todos os meus amigos, os momozinhos do meu
conjunto. Turum, bate, qundum, turum, dumdum...
Na ala da velha guarda, vem a família. A razão por eu estar
aqui. Por falar em mim, não apareci até agora no desfile e mais da metade da
escola já passou pelos jurados. Eu tô nos bastidores, produtora de evento, você
sabe, né? Sempre dando pitaco até quando é a estrela da noite. Escolhi o último
carro, pra dar tempo comandar o máximo possível.
Eis que surge um lindo, imponente e colorido balão. Voando alto.
É elaaaaaaa. “O esplendor da passarela”. Fechando com maestria a sua história. “Nas
noites dos carnavais, fazendo o meu carnaval.”
Essa é a “minha escola”!
A vida pede passagem. E a gente já perdeu tempo demais.
Vamos colocar o bloco na rua já. Nem que seja no natal,
fantasiado de coelhinho da páscoa, na comissão de frente da nossa vida.
Gabi D.
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Desafio 003Jun do Clube da Escrita,
ministrado pela @anaholandaoficial.
O terceiro desafio de junho propõe
escrever um texto a partir de uma imagem. Foi nos dada duas opções, de livre
escolha. A única regra era: ir além do que a imagem em si e dar ritmo ao texto.
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