Na imagem como inspiração de hoje temos uma animação. E Father and daughter me deparar com a relação de amor e companheirismo de pai e filha e do quão foi triste despedir-se. Passaram-se dias. Meses. Anos. Estações. Gerações. A filha nunca deixou de esperar o pai voltar. E vejam só onde eles foram se encontrar? Na eternidade.
Eu, no auge dos meus 38 anos,
conheci meu pai biológico ano passado. Fui criada pelo meu avô e uma ruma de
tios. Nunca tive essa relação de cumplicidade como a garotinha do curta – com ninguém
do sexo masculino e/ou figura paternal.
Não sei se era por estar sempre
cercada de tanta gente que me amava / cuidava / brincava – ou talvez – por
nunca ter conhecido esse amor genuíno de pai que eu, confesso, não senti falta.
Todas as formas de amor que eu conhecia já me bastavam. Eu acho. Embora, essa
crença limitante tenha me acompanhando nos relacionamentos amorosos.
Sei que, assim como a garotinha
do filme, eu também passei por longos anos. Estações. Transformações. E continuo
seguindo. Não ao ponto de partida / despedida, tampouco, a procura de uma
figura que eu nem conheci.
O meu seguir é olhando pra
frente. Buscando viver com o que tenho, o que prego, o que acredito. Não há
tristeza, nem mágoa. Para sentimentos assim, precisaria existir o amor. E
nenhum deles fizeram parte do meu caminhar. Assim como, não haverá essa cumplicidade,
nem busca. Não há o que buscar, quando nunca se teve.
Se é na eternidade que serei
apresentada à essa experiência, um dia volto para contar.
Por aqui, vou olhando pra frente.
A vida é agora.
Gabi D.
Texto 11 - Para a comunidade de
Continuidade da Escrita Intuitiva do @gutanaka.
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