A imagem me lembrou muita das
minhas irMÃES.
A gente vive “disputando” quem
vai morrer primeiro ou quem tem que ser a última para cuidar das demais. Uma
verdadeira competição.
Ocyara – a mais velha – diz que
pelas mazelas, ela quem vai primeiro.
Ocimara – a cuidadora – diz que a
gente conversa muito é merda.
Eu – a mais nova – era a que
quase is esse ano.
Isso tudo mostra que não é a
gente que escolhe quem / quando / como vai. A gente só sabe que vamos. Todas.
Essas senhorinhas lembram muito nós
três amanhã. A dupla sertaneja conversando – coisa que elas fazem de 12 a 15
horas por dia – nunca vi tanto assunto. A do balanço sou eu. A que leva a vida no
estilo da música do Zeca Pagodinho, que gosta do vento na cara e brinca na impermanência.
Não com leviandade, só com leveza mesmo.
Como Ocyara sempre fala: quem diz
que vai morrer jovem é quem vive mais.
Não quero viver muito ou pouco.
Quero que vivamos o suficiente. Com saúde, nos balanços da vida, companheiras
como sempre fomos. Somos.
Obrigada por cuidarem de mim. Espero dar-lhes, ainda, uns bons trabalhos.
Amo vocês,
Gabi D.
Texto 10 - Para a comunidade de
Continuidade da Escrita Intuitiva do @gutanaka.
Tbm te amo💙💙
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