Eu comigo mesma!

 


Detesto errar. Esquecer algo. Fazer uma burrada por falta de atenção. Eu abomino falta de atenção. Sou me principal algoz e nem pestanejo para afirmar isso.

Eu me xingo, esbravejo, grito um mega palavrão. E como se tudo isso não bastasse, eu ainda fico triste, decepcionada, me penitenciando ainda mais.

Enquanto escrevo aqui, posso ouvir a voz da minha psicóloga dizendo: - vamos guardar esse chicote?!

Daí eu paro, olho de fora, analiso algumas perspectivas e me peço perdão – em algumas vezes – ainda não evoluí o bastante.

Contudo, penso que já é um bom caminho. Tenho olhado pra mim com mais cuidado, amor e compaixão. Acolho as falhas, fraquezas, medos, angústias, ansiedades e burradas com mais afeto, pois consigo olhar por outros ângulos e me colocar em vários lugares, não só de vítima ou burra ou fraca ou o que mais de ruim que me intitulo.

E olha que nem vou entrar aqui no assunto peso, pois é de envergonhar os rótulos que me coloco. Outra etapa que  sigo buscando aceitar ou, se não for para aceitar, que eu busque me acolher, o que não devo e não quero é me machucar.

Não mais.

 

Gabi D.

Texto 14 - Para a comunidade de Continuidade da Escrita Intuitiva do @gutanaka e @becker.carolina.

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