Que eu tô com saudade do amor todo mundo já sabe. Que eu me fechei para esse danado, também.
O que você não sabe é que recentemente eu fugi dele. Não
exatamente do amor. Foi tanto tempo me fechando, não me permitindo que, numa
simples paquera, eu não soube como agir. Tive vergonha de parecer “dada” demais
e acabei sendo totalmente o oposto. Penso até que passei uma imagem de soberba
e indiferença, quando na real, eu estava em pânico e não sabia como me comportar.
Essa semana, também, me perguntaram como eu era: romântica /
carinhosa? Eu parei para refletir por um momento... Eu não sei mais quem eu
sou. A porta, de tanto tempo trancada, emperrou... O coração, parece flor, por
não ser regado, murchou.
Pra não deixar o interlocutor sem resposta, afinal essa não
seria eu, respondi: bruta e sentimental, assim, tudo junto. Não conheço ninguém
mais sentimental que eu. Intensa e por isso, sofro um pouquinho mais. ;(
Você lembrou da música do Los Hermanos? Eu também. Nada
melhor que ela para inspirar o título. Eu sou pura melodia. A reciprocidade é
quem dita o ritmo, o respeito é como arranjo, a paixão, cadência, o amor... é a
mais genuína canção.
Sou do tipo que escreve cartas e faz diário e, tá longe de
mim, fingir pra agradar. Então, bruta e sentimental me definiu bem. E é assim
que vou seguindo na trilha do amor... quem sabe o coração me leva pra um bom
lugar. Que tenha abraço pra me dar e um beijo que me faça flutuar.
Porque a vida só é feita de razão de sonhar!
Gabi D.
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Desafio 004Jul do Clube da Escrita,
ministrado pela @anaholandaoficial.
O quarto desafio de julho nos propõe
escrever uma crônica lírica, esbanjando poesia, nostalgia e paixão.
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