Eu tenho uma conexão muito grande com Fernando de Noronha. Desde o começo do ano que eu sentia um chamado. Era como se ouvisse: “você não pode ficar mais um ano sem ir na ilha.” Já estava beirando completar três anos da minha última vez.
Com o lançamento do meu livro, esse chamado ficou mais perene. E eu tratei de colocar um alerta para pesquisar passagens. Saindo de Natal era impossível. O jeito era via Recife. Tô eu na beira da praia, sinal péssimo, chega um alerta com o melhor preço desse que comecei a busca. Marminina, não contei conversa. Não tinha férias, nem folga, nem dinheiros. Mas nisso eu pensaria depois.
O mês de junho foi beeemm difícil. Emocionalmente falando. Continua sendo, na verdade. Eu não teria comprado as passagens se tivesse nessa bad vibes. Eu queria ter ido mais leve – em todos os significados possíveis – com menos bagunça, sombras, dores.
Chegamos na ilha no final da tarde de sábado. Saímos para o primeiro passeio já no domingo pela manhã. Passeio que eu só resolvi embarcar no sábado à noite, o motivo: eu não faço a parte do Sancho por terra. Os joelhos e a síndrome de pânico não permitem. Contudo, fiquei imaginando as coisas que eu faria sozinha e o meu desgaste seria bem maior. Sendo assim, partiu ilha tour!
Fiquei muito bem deitadinha num banco da praça lá no Sancho, adivinha fazendo o que? L E N D O!
E eis que me deparo com uma crônica do Lucão que tem exatamente o título desse texto – ser feliz, sendo triste – e então pensei, é exatamente isso!
Cada lugar lindo. Alguns eu diria até que, sagrados! Como o “meu” forte, a igrejinha de São Pedro e o por do sol nas ruínas. Esses são os meus lugares preferidos na ilha. São lugares que me conecto mais fortemente com o meu #DiogoDoCéu.
Como não estar feliz (re) vivendo essa emoção? Esse presente? Essa graça?
Claroooo que eu estava feliz. Porque tudo isso pra mim é muito mais que um retrato bonito. É algo que eu nem sei explicar em palavras. Só sei sentir. Muito. Demais. Redundante meRmo!
Mas quem disse que não posso ser feliz estando triste? Alegria e tristeza não ocupam lados opostos, elas me ocupam. E essa é a graça da vida. Encontrar em meio à tempestade algum motivo pra sorrir. Silenciar o turbilhão da mente e em cada lugarzinho agradecer. Me isolar no mar, indo na contramão de todos, só pra me banhar. Chorar no banho pra não precisar explicar o que nem eu sei direito.
Uma bagunça. Eu disse!
Foram dias tristes, sim. Dolorosos, também. Alegres, sem dúvida. Cheio de significados, por demais!!!
Dias para guardar na memória e, sobretudo, no coração. Estreitar a distância que nos assolava será sempre motivo de muita alegria.
Gratidão, #DiogoDoCéu por ter providenciado tudo do seu jeitinho.
Noronha, até breve. A gente ainda tem muita energia pra trocar.
Com amor, GD.
💙
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