Sabe, Domingo, a gente sempre se olhou meio torto, né?
Ha 15 dias você me despertou cedo. Só pra variar. A gente não tava só. Vocês pareciam tão íntimos que me senti confortável pra participar. Rimos, conversamos, era leve. Esse domingo foi tão lindo, né?
Já na semana passada você foi tão cruel. De novo me despertou cedo. Já tô até acostumada, só não tô acostumada com toda a dor que me fez passar. Olhar para o outro lado da cama só fazia piorar.
Lembrava da semana anterior, a mesma que estivemos tão em casa. Tão nós.
Queria que fosse um pesadelo. Tentei voltar a dormir pra não pensar. Não doer. Não querer acreditar.
Eu amooo quando a gente tá em paz, jogados de pijama, sem ressaca, sem saudade pra machucar, sem trabalhos pra finalizar. Só nós dois, Netflix e o sofá. Quase igual hoje. Exatamente como tava sendo antes de você gostar de ter outras cias pra me dividir.
Se não fosse aquela saudade pra superar. Se o repertório da vida não tivesse machucado a semana toda. Sem pestanejar. Se eu não tivesse pego aquela manta que tem cheiro de pão de alho pra deitar. Se não você não tivesse em todo lugar. É… parece que só enquanto eu respirar, você me lembrar de você.
Com amor,
Gabi D.
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