Sonhei contigo...

 

Eu sempre acreditei nas cartas que enviava para o correio do céu, afinal, é assim que converso com Diogo do Céu há onze anos. Ele sempre ouve. É onipresente. Eu só não sabia que você também era.

No último texto que escrevi aqui no blog eu te pedi pra vir me visitar de vez em quando, eu só não esperava que você viesse na mesma noite.

Amor, você veio!

Três vezes na mesma semana!!!

Na primeira noite, além de ir dormir bem emocionada por ter conseguido escrever, eu estava com dores nas costas e foi difícil encontrar uma posição logo, achei que fosse ter mais uma noite de insônia, mas que bom que não. Você apareceu, não exatamente pra mim, ligou pra Nega como fazia volta e meia e, como ela estava aqui em casa, pude ouvir sua voz, sua risada. Mas não quis te ver. Pedi pra ela não dizer que tava aqui. Eu não queria que você me visse triste, nem queria mostrar minha fraqueza.

Na segunda noite, do mesmo jeito, dessa vez foi com você em carne osso, eu estava no computador trabalhando e você chegava de surpresa, entrava com as suas chaves, eu ficava sem entender nada, puxava minha cadeira, colocava a mão na minha boca pra eu não falar nada e dizia que só queria me abraçar. Foi então que acordei e entendi que tava sonhando, as chaves estão aqui. Isso jamais poderia acontecer.

Na terceira noite, com um intervalo de três dias dos dois primeiros sonhos, você veio e dessa vez foi muito real. Era domingo, uma semana depois que você foi morar com Diogo do Céu, cheguei tarde, cheia de cana, o que poderia ter facilitado pra dormir, mas foi na contramão. É deitar e a saudade apertar, a insônia faz morada e acabou a paz... Do nada você me liga e diz “cheguei”, abri o portão, você entrou, vestia uma camisa da minha cor preferida. O que tava embaixo, não lembro. Lembro do seu abraço, seu toque, nosso beijo... Então, deitei a cabeça no seu peito, enquanto escutávamos PeLu que eu havia apresentado pouco antes da fatalidade. Adormeci. Era tão real, meu amor, que eu desejei não acordar mais.

Então, eu percebi que estava sonhando acordada, talvez pelo efeito do álcool, talvez pelo remédio que demorou a fazer efeito, talvez pela saudade, talvez por querer tanto, talvez por não ter caído ainda a ficha que você se foi.

Hoje eu vim aqui pedir pra não vir mais. Quero lembrar de você em vida, dos nossos momentos mágicos. Não quero a ilusão, por mais lindo que os sonhos tenham sido, eu sempre gostei do que é de verdade. É nisso que sigo acreditando. Seguirei rezando e escrevendo pra você, mas não precisa mais aparecer.

 

Deixando aqui a música que ouvíamos enquanto adormeci no seu peito:

https://www.youtube.com/watch?v=v6FWU7GIku8

 

Com amor,

GD!

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